ESTUDO DAS RELIGIÕES



COMO SURGIRAM AS RELIGIÕES


Obs.:O texto que se segue não traz referencias de datas pois isso seria muito desgastante para a leitura, mas faz referencias de tempo, necessárias para o entendimento leigo de qualquer pessoa que leia, ou ouça a narração desse levantamento histórico. 

As religiões tribais ou primais são aquelas que os estudiosos chamavam de “religiões primitivas”. 

São encontradas em culturas ágrafas entre as tribos de populações  da África, Ásia, América do Norte e do Sul e Polinésia (GAARDER, 2005, p. 40).

O que caracteriza essas religiões são a crença em espíritos e deuses que podem modificar o cotidiano, em geral apresentado por um conjunto de mitos, estórias contados de forma oral e que justifique a realização dos ritos. 

Nesses povos não há aspectos separados da vida social, ou seja, as políticas e as religiões estão imbuídas de uma mesma justificativa, concretizado pela tradição. 

As muitas forças que controlam o cotidiano, através de espíritos e deuses podem indicar ações como cultos aos antepassados e ritos de passagem. 
Em geral a figura do sacerdote é unificada e também é o líder político (GAARDER, 2005, 40). 

A figura do sacerdote (sacerdotisa) é muito importante e influente, pois passa a fazer previsões sobre uma caçada, sobre o tempo, curar e entrar em contato com os ancestrais da tribo. 

A religião tribal vai girar toda em torno desse sacerdote (sacerdotisa), em alguns casos sua palavra é ainda mais procurada do que a do chefe tribal, pois esse também pede conselhos à ele. 

As "artes divinatórias", através da observação do voo das aves, do cair da folhas, de desenhos formados na areia, da maneira como a fumaça se eleva, pegadas (rastros) de animais, posição de pedras, fenômenos naturais, da entranha de animais, possivelmente com pinturas em cavernas, entre várias outras formas de divinação que utilizam a natureza são muito utilizadas nas religiões tribais. 

Alguns elementos oraculares surgidos na época primitiva, como a utilização de gravetos, ossos, conchas e areia para entrar em contato com o futuro também são muito usados. 

Através de estudos atuais sabe-se que vários grupos tribais espalhados pelo mundo fazem uso da utilização de plantas para entrar em transe e, dessa forma, penetrar no mundo espiritual, seja através da mastigação de folhas, raízes, casca ou caule; através da infusão de alguns desses elementos, ou mesmo queimando-os para a inalação ou o fumo.

Apesar do contato com algumas tribos que ainda mantém seus costumes inalterados, não há como precisar quando, como ou porque esses povos começaram a utilizar as ervas para divinação e contato com o mundo espiritual. 

Algumas de suas lendas e mitos nos falam que Deuses, animais ou espíritos ensinaram aos homens a usar as plantas para cura, divinação e contato com o mundo espiritual. 

Mas, mesmo assim, não há como precisar o início dessas utilizações ou como eles sabiam quais plantas usar e a utilidade de cada uma, ou seja, qual servia para divinação, qual era melhor pra curar determinada doença, etc. 

Cabe apenas ao sacerdote tribal as artes divinatórias e contato com o mundo espiritual. 

Quando um jovem da tribo aparenta ter esse tipo de conhecimento ele(a) é levado até o sacerdote que, ou irá transformá-lo em aprendiz, após uma observação para saber se o jovem realmente tem dons, ou se está doente ou possuído. 

Dependendo da cultura tribal, esse jovem será mandado para a floresta aonde terá de sobreviver e aprender com os espíritos e animais, depois retornar para a tribo e posteriormente assumir seu lugar como sacerdote. 

A religião é importante para a manutenção da tribo como um todo, pois o sacerdote não é só um curandeiro, conselheiro ou em alguns casos também juiz, é ele que guarda o conhecimento, as histórias e memória da tribo para que os membros não esqueçam quem são e de onde vieram. 

Assim como cada pessoa é diferente uma da outra, isso também ocorre entre as tribos, religiosidade e também na figura desse líder religioso. 

Em algumas tribos o conhecimento é passado para um jovem, escolhido por determinadas características, para substituir o sacerdote atual de quem obtém o aprendizado. 

Em outras o jovem recebe um chamado e se isola da tribo por um determinado tempo, e se, quando retorna, tendo passado pelos "testes", já é aceito pela tribo como novo sacerdote.

 Qual a origem das Religiões Tribais

Conforme vários achados paleontológicos comprovam, os primeiros pré-humanos conhecidos viveram nas savanas e florestas tropicais da África à cerca de 7 milhões de anos. 

Conhecidos como “homo hábilis”, estes hominídeos sobreviviam da caça e da coleta de alimentos. 

Ao longo de milênios estes foram aperfeiçoando algumas aptidões enquanto aumentavam as dimensões do cérebro.

À aproximadamente 500.000 mil anos o “homo erectus”, um hominídeo dotado de cérebro mais volumoso, aprendeu a dominar o fogo e sabia fazer roupas e abrigos que lhe permitiu sair da África e colonizar regiões mais frias. 

A nossa própria sub espécie o “homo sapiens”, surgiu a apenas 100 mil anos, com as capacidades intelectuais básicas de que hoje gozamos. 
Tudo isso ocorreu durante o período glaciário. 

A 15 mil anos, o clima começou a melhorar e o gelo começou a derreter. 
A Terra transformou-se, a vida vegetal e animal começou a se estender por áreas antes desoladas.

A 10 mil anos esses seres humanos colonizaram quase todas as partes habitáveis do planeta.


As comunidades humanas começaram novos modelos de sobrevivência, nascendo assim pequenas aldeias de agricultores no Oriente Médio, ao norte da China, no México e Peru. 

Estas novas formas de viver baseadas na agricultura substituíram a caça e a mera coleta de alimentos como sustento da vida humana. 

Foi uma transformação fundamental de consequências radicais e irreversíveis. 

Começa o desenvolvimento das cidades e a invenção da escrita, nascendo o que chamamos de história.

Marina de Andrade Marconi e Zelia Maria Neves Presotto, Antropologia: Uma Introdução - 7ª Ed. Editora Atlas, 2011. ISBN 9788522452170)

Este ser humano mais questionador não se conformava em ser apenas um animal mais desenvolvido, em simplesmente ter um ciclo de vida como os demais animais e no final morrer. 

A morte não poderia ser o fim de tudo como aparentava ser. 

Com o tempo esta inconformidade com o fim abrupto da vida levou o ser humano a outro importante momento, ele começa a questionar o sentido da vida. 

Experiências tais como sonhos, visões, alucinações e o estado inerte de cadáveres levaram alguns povos primitivos a concluir que o corpo é habitado por uma alma (uma energia).

Visto que eram frequentes os sonhos com entes queridos falecidos(sentimento da falta começa a confundir os seres pensantes), presumia-se que uma alma continuava a viver após a morte, deixando o corpo para morar em árvores, rochas, rios, etc.

Por fim os mortos e os objetos nos quais se dizia que as almas habitavam vieram a ser adorados como Deuses (como uma fuga, uma opção de cultuar o ente querido morto). 

Outras tribos começaram a concluir que existia uma força impessoal ou poder sobrenatural que dava vida a todas as coisas. 

Tal crença provocou sentimentos de reverência e temor no homem, uma reação emocional diante do desconhecido. 

Ainda outros clãs tentaram controlar sua própria vida por imitar o que viam acontecer na natureza.

Por exemplo, pensava-se que poderiam provocar chuva por borrifar água no solo junto com trovejantes batidas de tambor, ou que poderiam causar dano a seu inimigo por espetar alfinetes num boneco.

Isto levou ao uso de ritos, feitiços e objetos mágicos em muitos aspectos de sua vida. 

Quando estes não funcionavam como se esperava, o homem passou então a tentar aplacar os poderes sobrenaturais e a suplicar a ajuda deles em vez de tentar controlá-los. 

Algumas comunidades primitivas chegaram até mesmo a criar um tipo de neurose ligada a figura do pai. 

Os filhos homens que tanto admiravam como odiavam o pai que dominava o clã, rebelavam-se e matavam o pai. 

Para adquirir o poder do pai, estes bebiam seu sangue. Mais tarde, por causa do remorso, eles inventavam ritos e cerimônias para reparar sua ação. 

Com o tempo a figura do pai virou uma deidade. 

Estas várias formas de crenças e ritos foram sendo compartilhados entre os diversos povos primitivos, começando assim a surgir lendas e mitos sobre os Deuses e suas relações com os humanos.

Referencias de Pesquisadores: Mircea Eliade, História das Crenças e das Ideias Religiosas Volume 1 - Da Idade da Pedra aos Mistérios de Elêusis. Editora Jorge Zahar, 2010. ISBN 9788537801123.

Alguns humanos começam a se considerar especiais, criados por um ser superior que os fizeram a sua imagem e semelhança, designando-os para cuidar da terra e subjugar todos os demais animais. 



A sua vida agora passa a ter um objetivo e a morte transforma-se apenas em uma passagem para um nível de vida superior, semelhante à dos Deuses. 

Surgiram diversas formas de manifestações de fé em diversos tipos de deidades. 

Estas manifestações vão se tornando mais complexas, seus rituais mais elaborados, orações como uma forma de comunicação e líderes para interceder entre os Deuses e os homens.

OBSERVAÇÕES SOBRE O ESTUDO APRESENTADO

Observamos assim os primeiros passos do que chamamos hoje de religião.

Outras vantagens foram agregadas pelos Governos e Impérios que viam nas religiões uma forma por vezes "pacífica" de condicionar a massa e assim evitar derramamento de sangue quando se queria impor algo, ou alguma coisa.

Essas vantagens são agregadas no que se refere a isenção de taxas e impostos as Empresas Religiosas, que por sua vês passariam a ser parceiras de seus Imperadores e de seus governos.

Assim muitas terras, muitos imóveis, muita riqueza foi adquirida e ainda é subtraída, extraída de pessoas por meios ilusórios, por meio  da força (em alguns casos), fazendo de algumas religiões verdadeiras concentrações de riquezas mundiais, capazes de influir e de mudar os destinos do mundo.

Em diversas partes do planeta surgiram ícones religiosos que durante a sua vida ou após sua morte foram escritos livros sagrados em que se baseiam algumas religiões com um adensamento maior de fiéis.

Muito do que está escrito nesses livros são 'FIGURA DE EXPRESSÃO',  mas são pregados por seus líderes (de forma estratégica), como se fossem reais e verdadeiros, e, como o passar dos tempos e das gerações ficaram como referencia da aplicação da fé e da crença de seus fiéis.

Muitas dessas passagens já foram desvendadas como 'MITOS SIMBÓLICOS', inclusive reconhecidas pela própria Igreja que tem em sua biblioteca os manuscritos originais que deram origem aos ditos 'LIVROS SAGRADOS'. 



Que no caso da Bíblia dos Cristãos, nunca existiu antes do Imperador Constantino 

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Conc%C3%ADlio_de_Niceia

e da invenção da MAQUINA DE IMPRIMIR

(http://super.abril.com.br/religiao/quem-escreveu-biblia-447888.shtml)

com a sequencia "lógica" dos testamentos como são apresentados. 
Alguns 'testamentos' são de épocas totalmente diferentes sem relação alguma e outros desdizem o que afirmam os anteriores, contendo assim contradições de fatos e de acontecimentos importantes para o exercício da fé. 

Mas alguns fiéis preferem fazer vista grossa, para essas revelações que derrubam os mitos e os dogmas de muitas religiões, justamente por existir uma 'CARGA DE CONDICIONAMENTO GENÉTICO', algo que reside no DNA...

(conhecida por alguns como: 'Consciência Corporal', que é muito mais antiga e profunda que a consciência cerebral, que só armazena informações adquiridas em vida) 

...impedindo que algumas pessoas percebam e/ou aceitem que tais fatos sejam apenas FIGURAS DE EXPRESSÃO, sem maiores consequências, levando a ferro e fogo passagens desses livros considerados por milhões algo sagrado e a própria expressão do VERBO  e o VERBO  é DEUS.

Resumindo a questão pessoal da aplicação da fé individual não pode ser questionada, cada ser crê no que lhe proporciona maior conforto em seu estado de espírito, justamente por esse fato é que surge a IGREJA LAICA UNIVERSAL, para que todas as pessoas passem a celebrar a vida, viver de forma mais presente, terem mais momentos felizes, de harmonia, deixando a questão das religiões um pouco de lado, a concorrência em querer provar que a tua ou a minha está mais perto da verdade. 

Assim, com esse comportamento LAICO, agindo de forma UNIVERSAL,  sem querer impor fronteiras, limites, barreiras, poderemos nos aproximar uns dos outros percebendo a pessoa, e não o partido, a religião, pois as pessoas dever ser percebidas antes que suas preferencias, suas escolhas.

A IGREJA LAICA UNIVERSAL - traz uma opção, não de um culto divinatório (que ja é realizado nas mesquitas e nas igrejas tradicionais), mas de um culto a vida, ao prazer de se estar vivo, desfrutando das coisas que podemos viver como o contato com a natureza, com as pessoas, com as criaturas vivas de todas as espécies. 

Dessa forma od Deuses, ou o Deus (para alguns), verá que estamos seguindo os seus ensinamentos e sendo mais HUMANOS, estamos nos RE-LIGANDO ( sentido etimológico da palavra religião.


Sendo assim estarmos sempre celebrando as coisas divinas, deixando de lado cosas que possam nos afastar uns dos outros, como a mesquinheza, o egoísmo, o sentimento de posse,  sentimento e imposição, de querer anilar as pessoas para obter benéfico próprio, entre outras coisas que nos ferem e nos dividem.

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Religião comparada 

Atenção:

Os textos com " aspas" na página principal são concebidos por OSHO e totalmente aprovados pelo Mago William, por isso são postados como referencia de uma verdade a ser assimilada e internalizada.

É um campo do estudo das religiões que analisa as diferenças interpretativas de temas comuns, mitosrituais e conceitos entre as religiões do mundo.


Culto à Grande Deusa

Monoteísmo abraâmico

Religiões do Dharma

Religiões do Tao

Misticismo e Esoterismo

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